1.
Num artigo publicado no Diário de Notícias, que pode ser lido
aqui, a
propósito do livro de Joseph Ratzinger/Bento XVI, Jesus de Nazaré. A infância de Jesus, (Lisboa, Principia, 2012), o
Pe. Anselmo Borges comenta diversos textos evangélicos relativos à infância de
Jesus, não vendo neles, segundo uma expressão do jesuíta Juan Masiá, que cita, mais
do que “um símbolo iluminador do que acontece em todo o nascimento”.
Parece
pouco. Muito pouco. Mas já voltaremos a este assunto.
Porque,
primeiro, Anselmo Borges começa por falar da morte de Jesus e do que se lhe
seguiu, e aqui é igualmente acentuada a sua visão redutora, quando escreve: “Depois da crucifixão, fazendo o cômputo todo da sua
existência, incluindo o modo como morreu - para dar testemunho do amor e da
verdade do que moveu a sua vida: Deus que é amor -, os discípulos acreditaram
que ele está vivo em Deus”.
Significativamente, ao
falar do que se seguiu à morte de Jesus na cruz, o Pe. Anselmo Borges não usa nunca
a palavra “ressurreição”, porque, se o fizesse, teria de reconhecer que os
discípulos (e os cristãos de todos os tempos) não acreditaram apenas que Jesus “está vivo em Deus”,
mas sempre acreditaram e anunciaram que, se Jesus “está vivo em Deus”, como de
facto crêem, é porque “ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e
subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai” (Credo de Niceia-Constantinopla).
Ao
dizer somente que, após a morte de Jesus, “os discípulos acreditaram que ele
está vivo em Deus”, Anselmo Borges propõe uma visão redutora da fé da Igreja, o
que é, no mínimo, estranho para um padre católico.
Mas
isso é um problema dele. (E talvez não só dele).
O
que Anselmo Borges não pode fazer, no entanto, por amor à verdade e por respeito
pelos textos do Novo Testamento, é afirmar ou insinuar que os autores humanos
destes textos também achavam, como ele, que, após a morte de Jesus, os
discípulos acreditaram apenas que
Jesus estava vivo em Deus.
Os
textos do Novo Testamento que se referem ao que aconteceu a Jesus depois da
morte na cruz, não querem nunca dizer apenas
que, agora, Jesus “está vivo em Deus”.
Todos
esses textos, na sua diversidade, na sua nem sempre fácil complementaridade, pretendem
sempre dizer muito mais. Querem sempre expressamente e intencionalmente dizer
muito mais. Não somos nós, leitores tardios, que vemos esse «mais» nos textos.
São eles que o dizem, são eles que o proclamam aos quatro ventos.
Os
seus autores estarão enganados? Terão sido vítimas de uma ilusão? Houve alguns que
o pensaram, no passado, a meu ver sem nenhum fundamento.
Mas,
mesmo que se tivessem enganado, mesmo que tivessem sido vítimas de uma ilusão
(o que estou firmemente convencido de que não aconteceu), uma coisa é certa:
todos afirmam, na grande variedade dos seus matizes, ou mesmo sob expressões
diversas, que Jesus “ressuscitou verdadeiramente”, como ouvem dizer, segundo S.
Lucas, os dois discípulos de Emaús, ao regressar ao local onde “acharam
reunidos os Onze e os que com eles estavam. Todos diziam: «O Senhor ressuscitou
verdadeiramente e apareceu a Simão»” (Lucas
24, 33-34).
S. Paulo é muito discreto em relação ao seu encontro com Cristo ressuscitado, esse acontecimento decisivo que teve lugar alguns anos mais tarde, e que o transformou de perseguidor em anunciador, e apenas alude sobriamente a esse acontecimento numa passagem da Carta aos Gálatas (1, 13-20), que conclui com esta solene afirmação: “Acerca do que vos escrevo – Deus é minha testemunha – não estou a mentir” (Gálatas 1, 20).
Mas há um passo da 1ª Carta aos Coríntios (escrita cerca do ano 55), em que S. Paulo afirma, sob a forma de pergunta, o essencial desse acontecimento que tudo mudou na sua vida: “ (…) Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso?” (1 Coríntios 9, 1)
Na verdade, Saulo de Tarso viu Jesus Cristo, não “vivo em Deus”, mas diante de si. E viu-O por uma única razão: porque Jesus “ressuscitou verdadeiramente”.
Por essa mesma e única razão, S. João põe na boca dos discípulos este testemunho dirigido a Tomé, após a primeira aparição do Ressuscitado: “Vimos o Senhor” (João 20, 29).
Pelas razões que entender ou por simples preconceito positivista, Anselmo Borges poderá duvidar da credibilidade destes relatos, e é talvez por isso que não os cita nunca, mas não pode negar que é este o testemunho ou a mensagem que todos os textos do Novo Testamento que se referem ao que aconteceu depois da morte de Jesus, querem transmitir, como transparece, com deslumbrante limpidez e inequívoca fidedignidade histórica nesta passagem da 1ª Carta aos Coríntios:
S. Paulo é muito discreto em relação ao seu encontro com Cristo ressuscitado, esse acontecimento decisivo que teve lugar alguns anos mais tarde, e que o transformou de perseguidor em anunciador, e apenas alude sobriamente a esse acontecimento numa passagem da Carta aos Gálatas (1, 13-20), que conclui com esta solene afirmação: “Acerca do que vos escrevo – Deus é minha testemunha – não estou a mentir” (Gálatas 1, 20).
Mas há um passo da 1ª Carta aos Coríntios (escrita cerca do ano 55), em que S. Paulo afirma, sob a forma de pergunta, o essencial desse acontecimento que tudo mudou na sua vida: “ (…) Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso?” (1 Coríntios 9, 1)
Na verdade, Saulo de Tarso viu Jesus Cristo, não “vivo em Deus”, mas diante de si. E viu-O por uma única razão: porque Jesus “ressuscitou verdadeiramente”.
Cristo ressuscitou. Christos Anesti! |
Por essa mesma e única razão, S. João põe na boca dos discípulos este testemunho dirigido a Tomé, após a primeira aparição do Ressuscitado: “Vimos o Senhor” (João 20, 29).
Pelas razões que entender ou por simples preconceito positivista, Anselmo Borges poderá duvidar da credibilidade destes relatos, e é talvez por isso que não os cita nunca, mas não pode negar que é este o testemunho ou a mensagem que todos os textos do Novo Testamento que se referem ao que aconteceu depois da morte de Jesus, querem transmitir, como transparece, com deslumbrante limpidez e inequívoca fidedignidade histórica nesta passagem da 1ª Carta aos Coríntios:
“Eu vos
transmiti primeiramente o que eu mesmo havia recebido: que Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas, e em seguida aos Doze. Depois
apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte ainda
vive (e alguns já morreram); depois apareceu a Tiago, em seguida a todos os
apóstolos. E, por último de todos, apareceu também a mim, como a um abortivo.
Porque eu sou o menor dos apóstolos, e não sou digno de ser chamado apóstolo,
porque persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a
graça que Ele me deu não tem sido inútil. Ao contrário, tenho trabalhado mais
do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo. Portanto, seja
eu ou sejam eles, assim pregamos, e assim crestes (1 Coríntios 15, 3- 11).
2.
Relativamente
aos Evangelhos da Infância, Anselmo Borges submete-se ao diktat, (que é um verdadeiro dogma exegético), de que que os
Evangelhos de Mateus e Lucas utilizam “um género literário próprio, o midraxe, que não quer narrar factos, mas
ler teologicamente”.
Mas será que é
isto que Mateus e Lucas fazem? Só por preconceito é que se poderá dizê-lo.
S. Mateus
caracteriza expressamente muitas partes da sua narrativa como estritamente
históricas, utilizando repetidamente as formas verbais «acontecer», «cumprir», ou
outras semelhantes.
É o caso das passagens
seguintes: 1, 18.22; 2, 15.17.23; 4,
14; 8, 17; 12, 17; 13, 35; 21, 4: 26, 56; 27, 9; 28, 15. E nunca introduz de
modo diferente nenhum outro trecho em que vai relatar eventos ou
acontecimentos factuais, pelo que podemos concluir que Mateus pretendia que o
seu Evangelho tivesse um carácter estritamente histórico (Cf. J. W. SCOTT, “Matthew’s intention to write history”,
Westminster Theological
Journal 47 (1985) 68-81, disponível aqui).
É inegável, portanto, que Mateus quer narrar factos. Um
dos pioneiros da moderna «crítica da redacção», o teólogo e exegeta evangélico Willi
Marxsen, declara que “Mateus escreve como historiador, como as suas citações do
Antigo Testamento em particular demonstram” (Introduction
to the New Testament, Oxford, Blackwell, 1968, p. 157).
S. Lucas, por
sua vez, teve o cuidado de comunicar a “Teófilo” a sua preocupação de integrar
numa narração cuidada e ordenada os numerosos testemunhos que ouviu ou recolheu,
incorporando também no seu Evangelho muitos outros textos dispersos ou relatos
breves que já existiam (cf. Lucas 1,
1-4).
Bento
XVI observa no entanto que, na base dos relatos de S. Lucas referentes à
infância de Jesus, parece estar um texto hebraico. Por isso, houve quem
tentasse compreender os dois primeiros capítulos deste Evangelho “a partir de
um género literário antigo, designando-os como um «midraxe hagádico», isto é, uma interpretação da Sagrada Escritura
através de narrações”. A semelhança literária é inegável; apesar disso, conclui
Bento XVI, “é claro que a narrativa de Lucas da infância não se situa no antigo
judaísmo, mas no cristianismo primitivo” (J. RATZINGER / BENTO XVI, A infância de Jesus, p. 20).
Que
significa esta afirmação? Significa que S. Lucas não pretende «interpretar» mas
anunciar o acontecimento de Cristo, na sua facticidade e na sua novidade
irredutível aos antigos relatos, embora estes, que têm no mistério de Cristo o
seu cumprimento, o possam, por isso mesmo, iluminar e ajudar a compreender.
Numerosos
episódios bíblicos e antigas profecias que ficaram como que suspensas no tempo,
como palavas “à espera” (cf. ibid., p.
46), isto é, à espera de uma realização definitiva, agora cumprem-se em Jesus.
É
o que diz ainda Bento XVI:
“A história
aqui narrada [nos Evangelhos de Mateus e Lucas] não é simplesmente uma
ilustração das palavras antigas, mas a realidade que as palavras aguardavam.
Esta, nas palavras, por si sós, não era reconhecível, mas as palavras alcançam
o seu significado pleno através do evento em que as mesmas se tornam realidade”
(p. 20).
Por
isso, nos Evangelhos não temos histórias,
mas história, em que as antigas
profecias encontram o seu cumprimento:
“Resumindo,
Mateus e Lucas – cada um à sua maneira – queriam, não tanto narrar «histórias»,
mas escrever história: história real, sucedida, embora certamente interpretada
e compreendida com base na Palavra de Deus. Isto significa também que não havia
a intenção de narrar de modo completo, mas de escrever aquilo que, à luz da
Palavra e para a comunidade nascente da fé, se revelava importante. As
narrativas da infância são história interpretada e, a partir da interpretação,
escrita e condensada" (J. RATZINGER / BENTO XVI, A infância de Jesus, p. 21).
Sendo
bem claro, portanto, que os Evangelistas não «inventaram» estas «histórias», mas
quiseram escrever «história», qual é a mensagem essencial que esta «história»
continua hoje a transmitir-nos?
3.
Tanto
o Evangelho de S. Lucas como o de S. Mateus, pretendem transmitir esta
mensagem: o Filho de Deus, Jesus Cristo, foi gerado no seio de Maria pelo poder
de Deus.
Os
Evangelhos de S. Mateus e S. Lucas, cada um a seu modo, anunciam que Jesus foi
gerado e nasceu por puro dom de Deus, que Maria acolheu no seu coração e em
todo o seu ser. Jesus não foi gerado por um homem, mas pelo poder de Deus, e
foi acolhido, de um modo livre e consciente, pela pura disponibilidade virginal
de Maria.
Não
é por acaso que S. Lucas inicia assim o seu relato do anúncio do Anjo a Maria,
apresentando-a repetidamente como a Virgem: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi
enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem
desposada com um homem que se chamava José, da casa de David, e o nome da
virgem era Maria” (1, 26-27).
Este
anúncio é uma surpresa divina. É um dado inteiramente novo, que se impõe à fé,
e que os cristãos acolheram desde o início com imensa alegria e admiração.
“Desde as primeiras formulações da fé, a Igreja confessou que Jesus foi
concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria,
afirmando igualmente o aspecto corporal deste acontecimento” (Catecismo da Igreja Católica, n. 496).
Os
Evangelhos entendem a concepção de Jesus como uma obra divina, que ultrapassa
toda a compreensão e possibilidade humanas. “O que nela se gerou é fruto do Espírito
Santo”, diz o Anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mateus 1, 20).
De
realçar que no livro A infância de Jesus,
Bento XVI não foge à pergunta decisiva:
“O que os dois
evangelistas Mateus e Lucas, de forma diferente e com base em tradições
diversas, nos referem sobre a concepção de Jesus por obra do Espírito Santo no
seio da Virgem Maria, é um acontecimento histórico real, ou é uma lenda
piedosa, que, a seu modo, quer exprimir e interpretar o mistério de Jesus?” (p.
47).
E
responde que nem nas narrativas sobre a geração e o nascimento dos faraós
egípcios, nem nos textos provenientes do ambiente greco-romano se pode falar de
verdadeiros paralelos. Conclui então:
“As narrações
em Mateus e Lucas não são formas mais desenvolvidas de mitos. Segundo a sua
noção de fundo, estão solidamente colocadas na tradição bíblica de Deus Criador
e Redentor. Mas, quanto ao seu conteúdo concreto, provêm de tradição familiar,
são uma tradição transmitida que conserva o sucedido” (p. 48).
Theotokos Aeiparthenos, A Eleusa Theotokos de Tolga (séc. XIII)
|
4.
Mas
porquê a concepção virginal de Jesus no seio de Maria? Por que motivo quis Deus,
segundo S. Mateus e S. Lucas, que o seu Filho se fizesse homem deste modo, e
não como todos os outros seres humanos, que vêm ao mundo como fruto da doação
espiritual e física dos seus pais?
Por
esta razão: porque o nascimento do Filho de Deus não é uma decisão humana, mas
o resultado de uma decisão inteiramente gratuita e misericordiosa de Deus. “A
virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de Deus na Encarnação.
Jesus só tem Deus por Pai” (Catecismo da Igreja Católica, n. 503).
Jesus
não podia ser gerado como os outros seres humanos, porque Ele não é um simples
homem, mas o próprio Deus feito homem.
A
humanidade de Jesus foi criada pelo poder de Deus no seio de Maria. A
virgindade de Maria e a concepção virginal de Jesus são o sinal do poder de
Deus, que faz acontecer a Encarnação do Filho unigénito do Pai.
Além
disso, “Jesus é concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, porque
Ele é o Novo Adão, o Homem Novo, que inaugura a criação nova” (Catecismo da Igreja Católica, n. 504).
A
vida de cada ser humano é sempre um mistério admirável, mas não é isso que os
Evangelhos pretendem primariamente comunicar, ao contrário do que diz Anselmo
Borges. A sua mensagem bem clara é que Jesus não é apenas mais um, entre tantos
milhões de seres humanos, com toda a dignidade própria da condição humana e
também com o peso de tantas misérias que se transmitem de geração em geração,
mas um começo inteiramente novo.
No
entanto, Jesus só pode ser o Homem Novo, porque é “fruto do Espírito Santo” (Mateus
1, 20).
Por
conseguinte, o que dizemos no Credo – «Creio em Jesus Cristo, seu [de Deus]
único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria – é mesmo verdade?
“A
resposta, sem qualquer hesitação, é sim” – afirma Bento XVI – que cita o
teólogo suíço Reformado Karl Barth, para assinalar que há dois pontos na
história de Jesus em que a acção de Deus intervém no mundo material: no parto
da Virgem e na ressurreição do sepulcro:
«Karl Barth
fez notar que, na história de Jesus, há dois pontos nos quais o agir de Deus
intervém directamente no mundo material: o seu nascimento da Virgem e a
ressurreição do sepulcro, de onde Jesus saiu e não sofreu a corrupção. (…) Por
isso, estes dois pontos – o parto virginal e a ressurreição real do túmulo –
são verdadeiro critério da fé. Se Deus não tem poder também sobre a matéria,
então Ele não é Deus. Mas Ele possui esse poder e, com a concepção e a
ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou uma nova criação; assim, enquanto Criador,
Ele é também o nosso Redentor. Por isso, a concepção e o nascimento de Jesus da
Virgem Maria são elementos fundamentais da nossa fé e um luminoso sinal de
esperança» (p. 51-52).
Conclusão
Compreende-se
assim facilmente que, ao não aceitar todo o conteúdo neotestamentário da
ressurreição de Jesus – ou ao dilui-la de tal modo que fica equiparada a uma
simples sobrevivência em Deus, que não se chega a saber se é pessoal, se
simplesmente virtual – Anselmo Borges negue também a concepção virginal de
Jesus Cristo e as própria virgindade de Maria, e esvazie completamente a densa mensagem
dos Evangelhos da Infância, equiparando-a a uma simples exaltação da dignidade
humana.
É
um lamentável empobrecimento, que esvazia e destrói a fé cristã.
Não
menos lamentável, porém, é verificar que a sua negação não decorre da
compreensão das Escrituras ou de uma límpida reflexão teológica, mas do puro preconceito, que é o maior inimigo, não só da fé, mas
também da razão.
José
Manuel dos Santos Ferreira
Muito obrigado, Sr. Padre, por esta reflexão. Também eu fiquei estarrecido face ao texto do Pe. Anselmo Borges, e não é infelizmente a primeira vez. Apenas me questiono: se os desvios face à boa doutrina são tantos e tão frequentes, porque é que ninguém actua? Conheço pessoalmente os estragos que as crónicas do Pe. Anselmo Borges fazem: deixam os leigos menos preparados numa confusão conceptual que, esvaziando a fé dos conceitos seguros, abala os seus alicerces. É uma situação gravíssima!
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